Revista de Catequese

MARIA, ESTRELA DA NOVA EVANGELIZAÇÃO

Joana T. Puntel — 2024-02-20

A figura de Maria, através dos séculos, foi centro de grande devoção do povo, e motivo de reflexão e ponderações por parte da Igreja no âmbito dos estudos teológicos, por vezes desafiadores em concílios ao longo da história. Até o final do século II Maria ocupa um lugar quase inexistente na literatura cristã. Ainda no final do século II, São Justino e São Irineu contribuem com reflexões doutrinárias que integram Maria na história da salvação. O Concílio de Éfeso (431 torna-se um marco referencial teológico também para os dogmas marianos que se seguiram. Contudo, é o Vaticano II que pode ser considerado o concílio ecumênico que difundiu o documento doutrinal mais significativo e orgânico sobre a Virgem Maria, no capítulo VIII da Lumen Gentium, adotando o critério bíblico para a doutrina mariana, na fidelidade às sagradas escrituras. O que este artigo objetiva é enfatizar Maria como mãe da Igreja, ligado ao sentido da nova evangelização. Portanto, Maria, como mãe da Igreja, mas que ensina como seguir seu Filho e anunciar a Boa Nova. É, portanto, no dizer do papa Francisco, a mãe da evangelização, e como modelo de uma Igreja em saída, Maria é a estrela da nova evangelização.

O IMPULSO À DEVOÇÃO MARIANA A PARTIR DA EXORTAÇÃO APOSTÓLICA MARIALIS CULTUS

Ariél Philippi Machado — 2024-04-08

A reforma promovida pelo Concílio Vaticano II pela Constituição Dogmática Sacrossactum Concilium deu primazia ao caráter cristológico da ação litúrgica da Igreja Católica. O tema da presente pesquisa se concentra na perspectiva da devoção marina que foi também reformulada como consquência das orientações do Concílio Vaticano II. O objetivo geral é compreender as contribuições e o impulso dado à devoção mariana a partir da publicação da Exortação Apostólica Marialis Cultus. Nas três sessões, a pesquisa de caráter documental e bibliográfica, se mantém ligada ao tema da devoção mariana, com destaque à contribuição dos Santos Padres que comentaram a Exortação Apostólica Marialis Cultus e tiveram Maria de Nazaré por inspiração de seu ministério. As contribuições percebidas se relacionam com a urgente catequese sobre Maria na vida da Igreja e da fé cristã, em sintonia com o cinquentenário da publicação da Exortação, para perceber o sinal sereno e consistente de Maria de Nazaré como discípula missionária de Jesus Cristo, garantindo a todo momento que Ele é o centro da fé.

MARIA, A DISCÍPULA

João da Silva Mendonça Filho — 2024-04-08

O presente artigo não tem a pretensão de ser uma exegese bíblica com todo o rigor científico e, sim, uma meditação em voz alta de um catequista para catequistas com a apresentação da discípula Maria de Nazaré nos três relatos sinóticos sobre o que se chama de família de Jesus. Veremos em cada texto a originalidade da discípula que chama pelo mestre; a discípula que vence obstáculos para chegar ao Senhor e a discípula que escuta a Palavra.

OS DOGMAS MARIANOS EM PERSPECTIVA FRANCISCANA:

Rondinele Augusto Teixeira Passos — 2024-05-13

O presente estudo tem como objetivo examinar a dogmática mariana elaborada por São Lourenço de Brindes, em um período em que dois desses dogmas ainda não haviam recebido a promulgação oficial do Magistério eclesiástico. Esse santo capuchinho desempenhou papel importante na promoção da fé católica durante o instável período posterior à Reforma Protestante. Em suas pregações, desenvolveu uma sólida Mariologia, defendendo a Maternidade Divina, a Virgindade Perpétua, a Imaculada Conceição e a Assunção de Maria. As principais conclusões obtidas indicam que a mariologia dogmática de São Lourenço, embora influenciada por limitações de sua época, esclarecem a fé católica, contribuem para a compreensão teológica e apoiam a mariologia contemporânea. Para atingir os objetivos propostos, foi realizada uma pesquisa qualitativa de caráter bibliográfico, tendo como corpus central o próprio Lourenço de Brindes (2004), bem como outras fontes relevantes da literatura especializada.

MARIA E O ECUMENISMO:

Thiago Vieira Nogueira — 2024-05-20

O diálogo ecumênico acerca da mãe de Jesus tem seu fundamento nas Sagradas Escrituras e na confissão de fé comum entre a Igreja Católica e as Igrejas oriundas da Reforma Protestante. Neste sentido, o presente artigo tem por objetivo apresentar a mãe de Jesus no diálogo ecumênico entre católicos e protestantes. Por meio de uma pesquisa bibliográfica exploratória, observa-se a figura de Maria na tradição cristã, isto é, nos Evangelhos e na história da Igreja; em seguida, nota-se os delineamentos da Reforma Protestante no que toca à mãe de Jesus, como a confissão de fé comum e os aspectos controversos da teologia mariana. Afirma-se, finalmente, o eixo bíblico e os dogmas Theotókos e Aeiparthenos como pontos de convergência na doutrina acerca de Maria para tais denominações cristãs.