Paz e globalização entre Justiça e Perdão:

perspectivas educativas

Autores

  • Carlo Nanni

Resumo

Na busca da paz, os movimentos pacifistas, os organismos internacionais e os investigadores dos “Peace Studies”, sempre
concordaram em colocar em foco o “recurso” educativo. Mas é também verdade que a educação para a paz, desde quando foi
proclamada e praticada como “disciplina educativa”, isto é, a partir da década de 20, recebeu vários nomes e, com o correr dos anos, manteve contatos diferenciados, com aquela realidade tão polissêmica que é a paz (ausência de guerra, harmonia dinâmica,
não-violência, eqüidade, justiça, desenvolvimento, solidariedade, “interculturalidade”...). Hoje, depois do dia 11 de setembro de 2001, isto é, depois da derrubada “terrorística” das duas Torres Gêmeas de Nova Iorque e da ala do Pentágono, ela (a paz) parece dever lidar com o terrorismo. Antes, porém, ela pede para ser pensada dentro daquele fenômeno vasto e articulado que está sob o nome genérico de globalização. Muitas pessoas, na verdade, afirmam que, para superar o terrorismo, é necessário imprimir na globalização uma forte caracterização de justiça em nível mundial. A paz, portanto, está ligada e é vista como conseqüência e fruto da justiça sócio-econômica.Todavia, neste artigo, procuraremos provar que há também outro percurso, quase contrário, isto é, colocaremos todo o empenho para apresentar a paz como condição do desenvolvimento justo. Isso é possível graças ao perdão, pois o perdão “apazigua” e permite que todos juntem suas forças em favor da justiça, no sentido que uma “paz feita” estimula todos a tornarem real a justiça social, interna e internacional. Baseados nesses princípios, procuraremos indicar algumas
perspectivas educativas, que sejam pontos de apoio para se obter uma paz justa e duradoura.

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Publicado

06/30/2003