n. Número 29: A linguagem dos planos: a dialética de Estado e Cidadania no planejamento pedagógico

Resumo:

Diferentemente de outras áreas, o cotidiano da vida escolar
é feito muito mais de rotinas do que de rupturas, o que confere até um certo irrealismo da experiência educativa institucionalizada, pois ali o conhecimento é elaborado dentro de uma verdadeira incubadora, onde tudo é minuciosamente pensado e planejado antes de acontecer. É certo que nem sempre o planejamento é cumprido, pelos mais variados motivos, mas, crê-se, nas instituições de ensino, que o controle sobre a execução do planejamento seja bem mais viável do que em outras áreas. O fetiche do modelo Estatal de Educação pela burocracia e, principalmente, pelo seu maior objeto de desejo, que
é o documento, seja ele na forma de plano ou relatório, faz com que
a própria educação se contamine por esse pequeno desvio, essa pequena perversão, sobre o que deveria mesmo ser o desejo da educação, qual seja, oportunizar ao educando uma vivência significativa que lhe desse referência para a convivência e transformação social, por meio da cidadania.

Bibliografia do Autor:

Paulo de Tarso Gomes

Doutor em Educação pela UNICAMP Professor de Leitura Orientada no Programa de Mestrado em Educação no Centro UNISAL

Publicado: 01/30/2014