Racismo estrutural e o mito da democracia racial

um estudo sobre a importância das cotas raciais

Palavras-chave: Racismo Estrutural, Mito da Democracia Racial, Estado Social e Democrático de Direito, Cotas Raciais

Resumo

O Estado brasileiro afirma-se, desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, como Estado social e democrático de direito. Um dos direitos fundamentais garantidos pela CF88 é a igualdade perante a lei. Contudo, a história brasileira e sua atual configuração socioeconômica são marcadas pela desigualdade racial, o que torna o direito à igualdade mera alegação formal, sem base factual. A tese da existência, no Brasil, de uma democracia racial resulta, portanto, de desconsideração da estrutura de divisão racial vigente no país. O objetivo deste trabalho é discutir o racismo estrutural brasileiro e o mito da democracia racial, mostrando como esse último funciona como instrumento ideológico para a manutenção da divisão racial característica da sociedade e do Estado brasileiros. O trabalho visa apresentar ainda como as cotas raciais podem funcionar como instrumento efetivo para a transformação da estrutura racial brasileira na medida em que serve como política afirmativa para a inserção dos negros nos espaços de poder do Estado e para a ascensão socioeconômica dessa parcela da população brasileira historicamente excluída e relegada às posições mais subalternas da sociedade.

Biografia do Autor

Clistenes Chaves, Faculdade Luciano Feijão, Sobral, CE, Brasil

Doutor em Filosofia pela Universidade Federal do Ceará. Professor dos cursos de Direito, Administração e Engenharia Civil da Faculdade Luciano Feijão. E-mail: clisteneschaves@hotmail.com.

Lara Shinaider, Faculdade Luciano Feijão, Sobral, CE, Brasil

Acadêmica do curso de direito da Faculdade Luciano Feijão (FLF).

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Publicado
30/12/2024
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